Bajular o chefe é cansativo e também piora seu desempenho

Em qualquer local de trabalho existem certas pessoas que baseiam a sua estratégia de valorização em bajular o chefe. Embora possa ser positivo oferecer feedback construtivo aos outros, essa ação não é apenas negativa para o ambiente – especialmente para os colegas -, mas também é tremendamente desgastante e acaba afetando o desempenho de quem o faz.

Há um custo pessoal em tentar bajular o chefe. Quando sua energia se esgota, ela pode levá-lo a uma terra de ninguém. No entanto, não é o único tipo de comportamento que afeta negativamente o restante dos funcionários. Segundo pesquisas, tentar constantemente se promover a superiores tem um efeito de desgaste semelhante e acaba produzindo transtornos, por mais eficaz que seja a curto prazo.

A diferença entre agradar com seu trabalho e bajular o chefe

Geralmente, impressionar um superior é uma forma de querer ser amado e parecer capaz no local de trabalho. Nesse sentido, a bajulação é uma das principais formas que os funcionários utilizam para criar e manter a imagem desejada. Isso é algo que em outros estudos anteriores sempre foi considerado como uma estratégia legítima que serve não apenas para obter os melhores resultados no nível individual, mas também para melhorar o ambiente coletivo. Algo que refuta parcialmente as pesquisas mais recentes, que diferenciam entre agradar com o trabalho e fazer uma “média”.

Comumente, as pesquisas funcionam assim: examinam-se profissionais que trabalharam em determinada empresa por certo período e as táticas usadas para impressionar seus supervisores, dividindo-as em bajulação e autopromoção. Assim, determina-se que os do primeiro tipo geralmente incluem bajulação, concordar com a opinião do supervisor e fazer favores. A autopromoção, por outro lado, refere-se a receber o crédito pelo sucesso, gabar-se do desempenho e destacar conexões com outras pessoas importantes.

A cansativa arte de fazer média

Surpreendentemente, e ao contrário do que se pensava, os pesquisadores concluíram que o comportamento daqueles funcionários que abusavam da bajulação variava de dia para dia. Ou seja, era impossível para eles manter o mesmo nível na hora de fazer a média constantemente. Por outro lado, também alertaram que quanto maior o grau de bajulação e mais complexas as estratégias utilizadas, mais exaustos os funcionários se sentem. Algo que é compreensível já que fazer a “média” exige “uma aparência de sinceridade” que é “demais” mentalmente.

Os resultados observados foram que esse esgotamento levou a maus comportamentos com os colegas de trabalho. Além disso, há também as faltas às reuniões ou o gasto de mais tempo navegando na internet do que trabalhando. Algo que, em geral, é agravado quando os funcionários não possuem altos níveis de habilidades sociais. Aqueles com maior capacidade de se relacionar com os outros têm menos chances de apresentar burnout após bajular o chefe. E, diante desse declínio, a recomendação é dar uma pausa nessas ações e ser você mesmo.

Elza de S

Andréia Eliza de Souza deixou a atuação ativa na área da saúde para se dedicar à redação de artigos publicitários e jornalísticos. Buscando novas oportunidades de ampliar seus conhecimentos, transformou um trabalho ativo em fonte de pesquisa para redigir muitas das matérias que hoje publica. Por conta da função de redatora, acabou, aos poucos, com as árduas pesquisas de fontes, se dotando de múltiplas experiências e conhecimentos em finanças, mundo automobilístico, rural, do entretenimento, entre diversos outros nichos.

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