Nômades digitais: o trabalho viajando pelo mundo

Os tempos mudam tão rápido que apenas 10.000 anos atrás – um pequeno período na história de nossa evolução – os humanos ainda vagavam pelo mundo em busca de recursos. Uma mudança radical em nosso sistema econômico e industrial que levou ao surgimento de uma nova forma de organização social herdada de nossos ancestrais: os nômades digitais.

Como é a vida de trabalho dos nômades digitais?

Desde que a Internet se tornou um dos pilares de grande parte dos setores produtivos, o teletrabalho vem se espalhando – em ritmos muito diferentes – por todo o planeta. Por isso, uma opção cada vez mais valorizada entre os profissionais é se tornar nômades digitais. Ou seja, trabalhar remotamente enquanto viaja pelo mundo.

Existem pessoas que defendem esses profissionais como uma trupe de alegres “millenials” escapando da rotina diária para viajar pelo mundo. Assim, podem trabalhar com seus laptops em praias remotas.

Viagens baratas e realocação de trabalho

Obviamente, nem todos podem optar por esse estilo de vida. Principalmente porque nem todos trabalham em setores tecnológicos ou com um desenvolvimento técnico que lhes permita estar afastados do ambiente de trabalho. Haverá sempre espaços físicos – lojas, escritórios, fábricas, etc. – que ligam uma pessoa a uma cidade, mas a verdade é que as últimas estimativas contemplam um boom sem precedentes na deslocalização do trabalho: em 2035, prevê-se que pelo menos 1.000 milhões de pessoas no mundo trabalharão longe do lugar onde estão listadas.

Se o farão a partir de uma praia paradisíaca em uma ostensiva cidade asiática ou de um destino menos exótico, dependerá em grande parte de suas condições salariais. De qualquer forma, a constante democratização das viagens, com voos e opções de hospedagem cada vez mais baratas, facilita mais do que nunca, ser um nômade digital. Especialmente para aquelas pessoas sem filhos ou laços fortes que os prendam a um lugar específico.

Globalização e mobilidade profissional

A experiência em países com uma cultura de teletrabalho mais consolidada, permite conhecer outros estilos de vida diferentes do que predomina em seu próprio país. Muitos retornam anos depois, mas outros não. Provavelmente, a maioria foi ou será um nômade digital em algum momento de sua vida.

As pessoas geralmente assumem que é um estilo de vida permanente, mas raramente é o caso. A conversão para um nômade digital é geralmente precedida pela necessidade de escapar do ritmo agitado da vida nas grandes cidades. Ou seja, quem deixa um emprego em um restaurante no Brasil para trabalhar como garçom nos EUA é mais um migrante econômico do que um nômade digital. Só pode ser considerado como tal quem é capaz de realizar seu trabalho em qualquer lugar do planeta – com uma conexão decente à Internet.

A opção do teletrabalho como empregado tem vindo a ganhar espaço nos últimos anos. Embora o mais normal ainda seja ser trabalhador por conta própria e faturar qualquer empresa do mundo. Um exemplo clássico é o dos correspondentes de um jornal: eles moram em um país estrangeiro e, na maioria das vezes, têm apenas a conexão com a Internet. Algo ultrapassado, pois os profissionais ligados à tecnologia e, principalmente, ao comércio eletrônico, são os que têm mais facilidade de fugir da rotina para se tornarem nômades digitais.

Elza de S

Andréia Eliza de Souza deixou a atuação ativa na área da saúde para se dedicar à redação de artigos publicitários e jornalísticos. Buscando novas oportunidades de ampliar seus conhecimentos, transformou um trabalho ativo em fonte de pesquisa para redigir muitas das matérias que hoje publica. Por conta da função de redatora, acabou, aos poucos, com as árduas pesquisas de fontes, se dotando de múltiplas experiências e conhecimentos em finanças, mundo automobilístico, rural, do entretenimento, entre diversos outros nichos.

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