Pesquisa mostra alto índice de demissão por conta da idade; confira

É sabido que o mercado de trabalho a cada dia se torna mais acirrado. São muitos profissionais e poucas vagas, ainda com um agravante: cerca de um a cada quatro trabalhadores já sofreram demissão por conta da idade. Esse é o resultado de um levantamento feito que aponta aproximadamente 24% dos profissionais tidos como “velhos”, sendo esta uma “desculpa” para serem despedidos do cargo que ocupam.

Demissão por conta da idade mostra índices altos e alarmantes

A pesquisa Etarismo aconteceu no mês de agosto de 2022 através da plataforma vagas.com. Ela contou com 252 participantes da área de RH que utilizava as soluções apresentadas pelo Talento Sênior e o Vagas For Business. O objetivo da pesquisa é proporcionar mais visibilidade ao cenário, criando oportunidades e desafios na contratação dos indivíduos discriminados pela idade.

Não se pode aceitar que os profissionais maduros sejam demitidos hoje em dia por causa da idade, sendo este um ato seriamente discriminatório. Ainda que o mercado esteja em aquecimento, tais trabalhadores continuam sofrendo com bastante preconceito. Infelizmente, esse é um dos públicos que mais cresce e, em contrapartida, que se concentra o maior índice de desemprego.

Alguns rótulos são atribuídos a esses profissionais maduros, mas que não se assemelham à realidade. Isso ainda se repete e invalida as experiências e contribuições que podem acrescentar aos negócios.

Mais dados

Dispensar uma pessoa pela sua idade não tem a ver com a fase de transformação o qual as empresas veem passando, adotando a cada dia mais programas inclusivos e de diversidade. É preciso uma promoção ativa e interação entre as diferentes gerações. Dessa forma, está comprovado que os ambientes mais diversificados impulsionam os melhores resultados financeiros.

O estudo questionou aos profissionais de RH se suas empresas consideravam eliminar os candidatos com mais idade no processo seletivo. O resultado foi que um a cada cinco responderam que provavelmente sim (o que corresponde a 21%). Enquanto isso, 79% dos questionados responderam que não.

A pesquisa também quis saber se um colaborador com mais de 50 anos foi contratado em algum momento nos últimos seis meses. O percentual de 58% disse sim ante 42% respostas negativas. De 100%, 81% comentaram que a empresa onde trabalham infelizmente não promoveu programas para a contratação de indivíduos acima de 50 anos nos últimos 12 meses, mas 19% disseram que sim.

A inexistência de ações sobre o etarismo

As ações e palestras sobre etarismo são praticamente inexistentes dentro do ambiente corporativo. Segundo a pesquisa, 90% informou não conhecer as ações nesse sentido, ao contrário de 10% que conhecem.

A pesquisa também mostrou que boa parte das empresas não atua em ações que alterem o cenário das exclusões para as pessoas com as idades mais avançadas. Dessa forma, temos uma questão a ser levantada e que serve de alerta acerca da necessidade de aprender mais sobre esse tema. Nesse sentido, há ótimas oportunidades para a melhoria e inclusão dos indivíduos no mercado de trabalho.

Outra base que chama a atenção é a investida que precisa ser feita nas empresas a fim de contratar pessoas um pouco mais experientes. A pesquisa aponta que cerca de 55% dos participantes tiveram que convencer seu gestor em algum momento acerca da importância de se contratar um candidato mais velho. Outros 45% disseram que não precisaram passar por nenhuma experiência do tipo.

Um impedimento que dificulta o ingresso dos profissionais sêniores nas instituições é o déficit de conhecimento no que diz respeito ao etarismo. A maior parte dos respondentes (58%) revela não dominar o assunto o suficiente para recrutar os profissionais, ao passo em que 42% disseram conhecer mais a fundo o tema, bem como o impacto da demissão por conta da idade.

Elza de S

Andréia Eliza de Souza deixou a atuação ativa na área da saúde para se dedicar à redação de artigos publicitários e jornalísticos. Buscando novas oportunidades de ampliar seus conhecimentos, transformou um trabalho ativo em fonte de pesquisa para redigir muitas das matérias que hoje publica. Por conta da função de redatora, acabou, aos poucos, com as árduas pesquisas de fontes, se dotando de múltiplas experiências e conhecimentos em finanças, mundo automobilístico, rural, do entretenimento, entre diversos outros nichos.

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